TRIBO DO FUTURO
A Cooperativa Cultural Ungambikkula nasceu de uma crise conjunta que afetou cada indivíduo em seu universo particular, culminando na percepção da crise planetária. Observando nossas insatisfações de realizações pessoais e ambientais, chegamos à conclusão de que o conflito mundial atual provém da consciência e sociedade humana.
Levando em consideração também as outras sociedades da Terra, decidimos colaborar com nossa parcela de percepção, para a evolução da consciência de nossa espécie. Em nosso grupo preservamos alguns princípios básicos que nos ajudam a escrever nossa história. Acreditamos que o universo está constantemente aguardando ser construído, aguardando a sua intervenção, pois tudo o que existe clama por manutenção.
Nosso quaterno foi baseado em valores que auxiliam a convivência, no trabalho em conjunto.
1 - Você é 100% responsável por sua parcela de percepção, ou correrá o risco de perder recursos para sua auto construção e auto manutenção.
2 - Se você está golpeando por fora, certifique-se de que está apoiando por dentro.
3 - A felicidade se constrói com boa vontade.
4 - Divino é honrar o seu dom.
Fred Hoyle, um importante cientista do século XX, que reforçou a Teoria da Panspermia, afirmou: "A religião formal é um preconceito de três mil anos, e se as pessoas não se afastarem desse preconceito e do pensamento científico desprovido de espiritualidade, outro planeta poderá ter falhado."
Nós da Cooperativa Cultural Ungambikkula não somos uma religião, somos partidários dessa ideologia e prosseguimos: Acreditamos que a humanidade paradoxalmente caminha em direção à beleza. Esta por sua vez, é um apogeu que a vida conquista a partir de uma percepção muito específica, muito precisa, e para muitas direções. É nessa precisão, que o movimento deve desenvolver, cuidadosamente construindo a estrutura, o tônus adequado para sustentar a consciência da beleza, e o zênite dessa preciosa expressão. Porém, isto deve estar integrado e a serviço do ethos, ou tudo o que foi dito vira requinte e consequentemente distorção.
Hoje, é mister que a busca pela sacralidade parta do reconhecimento de um mundo vivo. A vida hoje encontrada nos animais, nas plantas, nas árvores, nos afetos e companheiros afins. O relógio biológico há de fornecer impressões suficientes para as experiências de pico, precisamos de um Deus vital forte o suficiente que nos faça perceber que respiramos em uníssono, longe da falácia comercial. Só mesmo assim poderemos ver, do ente, ressurgir algo que se aproxime em parecença com a irmandade. Não é saudável que a formação tome o lugar da iniciação. Ambas têm seu papel específico de igual importância na estrutura da consciência.
O ágape tão esmerado precisa ser realmente algo que justifique nossa confluência, caso contrário todo o esforço estará perdido. A honestidade recupera o consenso. Uma vez em fluxo, ela deve bastar.
Divino é honrar o seu dom!
PAVITRA SHAKTI SHANKAR
Idealizador do Ungambikkula | Presidente da Cooperativa | Voz, Composição e Arranjos no Grupo Musical
Quando fui solicitado a fazer esse trabalho fiquei profundamente questionado com relação à sua forma. Passar uma mensagem para o mundo é extremamente desafiador e complexo. Eu sou uma pessoa que acredita em daimon. Acredito em vocação, legado, e que música é manifestação direta do divino. A magia da criação pode e deve expressar-se através de suas mãos, voz, corpo, exatamente como o desenrolar de uma poesia, a se desdobrar no fluxo da trajetória em sua vida.
Acredito que exatamente como você se encontra hoje, com as dificuldades e vantagens, dores e alegrias, esse é o ponto de partida para o seu desenvolvimento, para o seu crescimento. Quando a consciência está presente, a sacralidade se faz.
Na natureza não existem vilões – os comportamentos automaticamente se correlacionam às faixas. Os conceitos de bem e mal advieram com a trajetória do desenvolvimento da alma humana, isso não é natura. A elegância social é de pouca valia no que concerne à elevação dos nossos sentimentos, é tampouco sélfico; mas DIVINO é honrar o seu dom.